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7 de nov. de 2011

Destaca-se, diferencie-se, seja único.



As exigências do cliente, concorrência exacerbada, emergência do serviço, pressões dos acionistas, colocam as empresas numa constante reestruturação. Já não é necessário demonstra-se a necessidade da mudança e da adaptação. O objetivo desta adaptação é ajustar-se às evoluções do meio que se vão acelerando e até mesmo precede-las. Hoje em dia, as organizações são obrigadas a considerar a mudança como um estado permanente. A mudança é a aprendizagem de um novo comportamento. Qualquer mudança visível assenta numa modificação do comportamento do indivíduo ou da organização. Simultaneamente é acompanhada por uma modificação dos conhecimentos correspondentes à nova experiência realizada no plano comportamental, que coloca os indivíduos em estados de “alerta” para a necessidade de responder de forma eficaz à alteração de rotinas e hábitos que podem em determinadas situações gerar ansiedade e stress disfuncional.
A ansiedade e o stress podem ser entendidos como tentativas do indivíduo (veja que não uso o termo mental nem físico) em adaptar-se a alguma nova situação, trata-se de uma mobilização global do organismo que aparece quando este é submetido a uma tensão suficientemente forte. Devemos ter presente, que a ansiedade e/ou o stress não são doenças em si, mas podem proporcionar o desenvolvimento de outros problemas.

Este sistema de defesa que a biologia instalou em nós ao longo da evolução é algo de extraordinário, mas na vida atual com todas as subtilezas que ela nos revela, não poderá «virar-se o feitiço contra o feiticeiro»? Não há como evitar a conclusão de que o atual sistema de defesa se tornou, por si mesmo, uma ameaça fundamental à nossa saúde. Não seremos capazes de aumentar, ou mesmo manter a nossa saúde, e de igual forma sermos funcionalmente competentes se não adoptarmos profundas mudanças no nosso sistema emocional e na organização social.
Daniel Goleman (1998), um reputado psicólogo norte americano no seu livro “Trabalhar com Inteligência Emocional”, aponta para a importância de se promover uma nova educação que esteja atenta não só à transmissão do saber tecnológico, mas que também desperte nas pessoas a necessidade de aprender a gerir pressões, emoções e sentimentos na tentativa de lhes permitir alcançar estados que facilitem desempenhos eficazes e funcionais. Se a mudança pode ser concebida como uma modificação do comportamento dos indivíduos, numa determinada situação, pode ser reduzida à aprendizagem de novos comportamentos e à aquisição de novas representações, habilidades e capacidades.
Que habilidades e competências humanas fazem parte dos ingredientes para a excelência na liderança e no trabalho?

BOM DOMÍNIO DAS TENSÕES PSICOLÓGICAS

Para favorecer a mudança para a excelência, é necessário reestruturar os comportamentos dos empregados que estão no centro dos desafios estratégicos da empresa. Escolher a mudança para o talento humano como valor prioritário no funcionamento de uma organização pode ter de passar pela promoção e gestão emocional no mundo do trabalho. O bom funcionamento das organizações exige dos seus empregados, supervisores e gestores, uma boa capacidade para motivar e um bom domínio das tensões psicológicas que se exprimem, na maior parte das vezes sobre a forma de emoções.
As emoções são o produto de um desequilíbrio homeostático, ou seja, um estímulo que provoca uma resposta, resposta essa que está dependente de vários sistemas que se comunicam entre si, com o propósito de reporem o equilíbrio, a expressão desse equilíbrio é conhecido pela forma mais apurada da emoção, o sentimento. As nossas emoções podem levar ao embaraço ou favorecerem a nossa capacidade de pensar e planear, de cumprir um horário, de resolver problemas, pelo que estabelecem os limites da nossa competência para utilizar as nossas aptidões mentais inatas, e, portanto determinam as decisões que tomamos na nossa vida e como nos saímos nela, em suma, não podem ser bem elaboradas tendo como alicerce apenas a racionalidade pura.
Torna-se premente elevar o nível de consciência relativamente ao estado emocional de cada indivíduo, saberes exprime-lo de forma funcional e ensinar a controlar as emoções prejudiciais para a execução das tarefas e consequente desempenho, assim como contribuir para a promoção das relações interpessoais, aumento da motivação e satisfação no trabalho e de igual forma para o bom funcionamento organizacional.

A VERDADE SOBRE AS EMOÇÕES NO TRABALHO

Uma das formas como as emoções negativas se expressam no local de trabalho, é nos membros pertencentes a uma equipa, quando não existem cooperação nem disponibilidade para com os colegas. Isto normalmente é uma reação com a intenção de magoar sentimentos. No local de trabalho as pessoas tendem a dar respostas emocionais, pois veem os colegas como uma extensão familiar, comportando-se como se fossem membros da família. Se a família/organização tem boas habilidades comunicacionais e existe interação positiva, desenvolvem-se comportamentos funcionais e adaptativos resolvendo as diferenças de forma apropriada. Se por outro lado, a família/organização é disfuncional, as pessoas comportam-se por vezes como se fossem crianças a brincar na areia – “o teu camião bateu no meu, e eu nunca mais quero brincar contigo.”.

Quando as pessoas se sentem magoadas, podem de forma inconsciente tornar-se sabotadores, verificando-se isto das mais variadas formas, incluindo, o não cumprimento de prazos, tratar de forma inadequada um cliente, estragar recursos. Noventa e nove por cento do tempo, isto são comportamentos que acontecem de forma inconsciente. As pessoas nem sempre são conhecedoras que estão a ter comportamentos prejudiciais para a produtividade e rendimento, dado que as grandes partes das nossas ações processam-se de forma inconsciente. Se as emoções negativas e disfuncionais não forem levadas em consideração, as organizações por certo vão ter perdas significativas relacionadas com o rendimento dos funcionários, assim como perdas relacionadas com os clientes, sucesso financeiro e marketing.

FACTORES CHAVE PARA A MOTIVAÇÃO

Todas as organizações querem ter na sua equipa pessoas motivadas. As organizações gastam tempo e dinheiro para motivar os seus funcionários. Querem construir e desenvolver a paixão, e o que é a paixão, senão emoções? Ou seja, por um lado as organizações esforçam-se para criar sentimentos que sirvam os seus interesses, e por outro, suprimem esses mesmos sentimentos. Não podemos ter pessoas motivadas se não promovermos as boas emoções e os sentimentos adaptativos. As organizações devem centrar-se no equilíbrio emocional dos funcionários assim como num ambiente de trabalho saudável.
Pessoas motivadas e apaixonadas fazem as coisas acontecerem. Motivação, criatividade, e produtividade são fatores que todas as organizações querem ver presentes. Apresento-lhe 6 formas para encorajar as emoções positivas nas organizações:
·         Criar um ambiente de abertura; encorajar as pessoas a falar.
·         Transmitir a informação de forma clara e perceptível
·         Abertura para expressar as emoções acerca da organização
·         Dar formação aos funcionários sobre resolução de conflitos
·         Criar um ambiente descontraído
·         Admitir que nem todas as tomadas de decisão surtem efeito

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