Apontado como um dos países mais baratos do mundo, Camboja se transformou em uma espécie
de meca dos mochileiros. Como bem observa o site especializado Offtrackplanet, que listou os 10
maiores destinos turísticos para mochileiros em 2010, pode custar algum
dinheiro para se chegar lá, mas, uma vez no Camboja, “você se sentirá como um milionário”. Entre as principais atrações
para mochileiros estão a cidade portuária de Sihanoukville e os templos de Angkor.
CAMBOJA, ANTIGA KAMPUCHEA
O nome de Kampuchea, atualmente Camboja, vem do nome do principado dos Kambujas, o qual extendeu-se até o Delta do Mekong nos séculos VI e VII. Este lugar tem-se mostrado na última década como um exótico país tropical do sudeste asiático que começa a abrir-se ao turismo. A sua maior atração constituem as lendárias Ruínas de Angkor, centro político e religioso do Império Jemer, lembrado como o período mais brilhante da história do Camboja. Enquanto a Europa construia as suas primeiras igrejas, a sociedade Jemer levantava no sudeste asiático esta impressionante mostra da criatividade humana. O espectáculo arquitetônico e artístico, que oferece a mística "cidade perdida", é comovedor. Algumas imágens ainda evocam a vida dos seus antepassados, a qual mistura-se com as cores da sua paiságem de lagos, rios, selvas e fauna tropical com a sua natureza úmida e verde que adorna, também, algum monge envolto na sua túnica de cor açafrão.
ALFÂNDEGA E DOCUMENTAÇÃO
Passaporte em regra, com uma validez mínima de 1 mes, é preciso visto que se obtém nas representações diplomáticas com certa dificuldade pelo que é aconselhável formar parte de um grupo turístico.
IDIOMA
O idioma oficial é o jemer. Também fala-se francês.
MOEDA E CÂMBIO
A moeda oficial é o Riel (KHR). Um KHR equivale a 100 sen. Notas de 5, 50, 100, 200, 500 e 1.000 rieis. 1 real é igual a 2363.04 KHR. Os cartões de crédito não são muito comuns. A entrada de divisas é ilimitada, embora leva-se um controle destas. Não pode-se sair do país com mais dinheiro do que com o qual entrou. Um site conversor de moedas Coin Mill
EMERGÊNCIA-SAÚDE-POLICIAMENTO
Não precisa de nenhuma vacina nem certificado médico para entrar no país. É recomendável a profilaxia anti malária, não beber água da torneira nem comer alimentos sem cozinhar. É aconselhável levar uma farmácia, bem preparada com analgésico, antiestamínicos, antidiarréicos, antibióticos, antisépticos, repelentes para insetos, loções calmantes contra ferradas ou alergias, tesouras, pinças, termômetro e seringas hipodêrmicas. É recomendável viajar com um seguro médico e de assistência. Para emergências médicas ou policiais aconselha-se pedir ajuda nas recepções dos hotéis ou no consulado ou embaixada mais próximos.
CORREIOS E TELEFONIA
O serviço de correios no Camboja é lento, as cartas podem tardar mais de um mês, embora é barato com respeito ao Vietnã. As comunicações telefônicas são difíceis, com longas demoras, e por vezes impossíveis. Para chamar o Camboja há que marcar 00-855, seguido do prefixo da cidade e do número do assinante.
FOTOGRAFIA
Nem tudo pode-se fotografar no Camboja. Estão restringidos os lugares militares e aeroportos. Respeito ao material fotográfico é melhor ir provido dele, pois não é fácil de encontrar.
GORJETAS
Não costumam aceitar as gorjetas, embora o presente de pequenos objetos, como canetas, tabaco, etc. são aceitos e pode utilizá-los como agradecimento de algum serviço.
TAXAS E IMPOSTOS
Existe uma taxa de aeroporto, tanto para vôos nacionais como internacionais.
LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
Camboja é um país tropical, pois encontra-se situado entre os paralelos 10 e 15 de latitude norte. Limita-se ao norte com Laos, ao leste com Tailândia e ao oeste com Vietnã. O país está situado em plena zona monçônica, ocupando uma extensão de 181.035 quilometros quadrados.
As três quartas partes do território correspondem a uma bacia sedimentária de baixas planícies, cujo centro encontra-se o Grande Lago (Tonlé Sap). No norte e no leste, dominam os Montes Dam Rek, planícies de areniscas e basaltos, enquanto que ao sudoeste extendem-se a Cordilheira do Elefante, a Cordilheira dos Cardamomos e o Pico Aoral com 1.813 metros de altitude, o ponto mais alto do país.
O Mekong é o rio mais importante do Camboja, que atravessa, pelo leste, o território de norte ao sul. No norte discorre o rio Siem Reap.
FLORA E FAUNA
A maior parte do território é selva úmida, pelo que a fauna dominante é tropical. Camboja possui o solo mais fértil do sudeste asiático, o que faz dele um país fundamentalmente agrícola. A vegetação que cobre as planícies reduz-se a savanas e bosques claros.
HISTÓRIA
Antiga Camboja
Camboja foi em outro tempo parte do Império Jemer, civilização que remonta-se ao século VI. Conheceu uma época esplendorosa, durante a Dinastia de Angkor, sobre tudo nos séculos XI e XII, a julgar pelas ruínas encontradas neste emblemático. Desde o século XV até o século XIX o império manteve constantes lutas com os tais e os vietnamitas. Não estão conservados textos do império, devido à precariedade dos materiais sobre os quais escreviam: folhas de palmeira ou peles, que o tempo tem deteriorado. Os poucos dados escritos que sobrevivem são inscrições em pedra que falam da água, um elemento muito especial para aquela cultura.
O Camboja Moderna
A partir de 1863-64, Camboja converteu-se em um protetorado francês que durou 90 anos. Durante a Segunda Guerra Mundial foi ocupado pelo Japão. Atingiu a autonomia francesa em 1949, embora a total independência não foi atingida até 1953, e esta não foi ratificada até a Conferência de Genebra, com a retirada das tropas coloniais em 1954.
Norodom Sihanuk tomou conta do poder como primeiro ministro e mais tarde passou a chefe de Estado até 1970, ano em que foi destituido, após um golpe de Estado, que colocou o poder nas maõs de militares anti comunistas. Cinco anos mais tarde os Jemeres Vermelhos derrubaram o regime e o poder passou ao Governo Real da União Nacional de Kampuchea (G.R.U.N.K), cujo chefe era o príncipe Sihanuk. Desenvolveu-se uma política de mudanças radicais na produção agrícola, que provocou a evacuação de grande parte da população para os campos, ficando o território isolado internacionalmente. Em 1976 o G.R.U.N.K foi dissolvido e Pol Pot (pró-chinês) tomou a chefia do Estado.
Em 1978 Vietnã invade Camboja derrubando Jemer Vermelho que se retirou para a selva, mantendo uma guerra de guerrilhas apoiada pela China e Tailândia, e indiretamente pelos Estados Unidos da América, contra o governo de Phnom Penh.
Em 1981 a O.N.U. reconheceu os delegados de Pol Pot como os únicos representantes legítimos do país. Em 1993 Norodom Sihanuk foi proclamado rei e primeiro ministro, mas as tensões com o Jemer Vermelho mantiveram em risco a estabilidade do país. Atualmente a forma de governo é uma república popular uni partidária, sendo o chefe de estado Norodom Sihanouk e o chefe de governo Norodom Ranaroddh.
LOCAIS TURÍSTICOS
Iniciaremos o percurso pela capital, Phnom Penh, e os seus arredores, para continuar pela área da antiga capital, Angkor. Finalizaremos a nossa viagem pelas belas Costas do Sul.
PHNOM PENH
Entre os rios Tonlé Sap e Mekong acha-se a capital do país (desde 1373), quando supõe-se ter deixado de ser a antiga Angkor. Tem-se dito que a cidade possui as mais belas construções francesas da indochina. O nome da capital, que significa "Monte de Penh", tem a sua origem numa crença popular que conta como uma mulher chamada Penh achou umas estátuas de Buda, após uma subido do rio Mekong, e construiu uma pagoda para acolhe-las, justamente na colina Wat Phnom. Ao pé da montanha há um pequeno zoológico, com macacos, animais que habitam nas árvores em liberdade e elefantes que constituem a maior atração.
Entre os lugares que destaca-se na cidade, está o Palácio Real, a residência oficial do Rei Norodom Sihanouk, um dos lugares mais importantes de Phnom Penh. Abre-se ao público às vezes sem um calendário fixo. O palácio dispõe de vários edifícios entre os quais destaca-se a Sala do Trono e a Pagoda de Prata, construida no século passado com 5.000 baldosas de prata maciça que pesam um quilo, cada uma. É conhecida também com o nome de "Wat Preah Keo", que significa "Pagoda do Buda de Esmeralda" e acha-se em um alto pedestal. Também neste lugar, há um Buda de ouro decorado com diamantes. É o Jemer Vermelho o que tem salvaguardado a Pagoda de Prata. Este lugar acolhe visitantes, mas as fotografias estão proibidas por razões de segurança.
O Museu Nacional aloja numerosas obras mestras de arte jemer e peças que datam do século IV ao século XIX e que pertencem a distintos períodos da cultura Cambojana. Outro museu que não há que perder-se é o Museu Tuol Sleng que aloja no seu interior o testemunho dos crimes e torturas acontecidos no país nos anos setenta. Está aberto ao público.
Os mercados de Phnom Penh gozam de grande popularidade. Entre os bazares mais representativos estão o Mercado Central, onde poderá comprar numerosos objetos típicos da região, ao mesmo tempo que desfruta do ambiente mais animado da cidade, e o Mercado Olímpico, onde vendem-se as sedas e as roupas típicas dos Cambojanos chamados "Kramas".
O Monumento Vitória foi construido em 1958 em memória dos mortos, na guerra. Encontra-se entre os boulevares Norodom e Sivuthe.
Chrouy Changvar é a maior ponte do país e um lugar escolhido pelos amantes para dar passeios românticos. O parque de Boeng Kak é um lugar ideal para o recreio, dispõe de um pequeno zoo, um lago para navegar em bote e alguns restaurantes.
Outros locais interessantes na cidade são os diferentes templos (Wat) como é o caso do Wat Phnom, o lugar sagrado onde foram depositadas as estátuas de Buda encontradas no rio, segundo conta a lenda; o Wat Ounalom, centro da fé budista em Camboja; e os templos Wat Lang ka, Wat Koh e Wat Moha Montrei.
ARREDORES DE PHNOM PENH
Tomando a rota sul chega-se a Phnom Chisor. Além de poder contemplar a maravilhosa paisagem também há um templo do século XI para visitar. Encontra-se situado no alto de uma colina. Aos seus pés há dois templos jemeres: Sem Thmoi e Sem Ravang. Aconselhamos visitar Tonlé Om.
Tonlé Bati é um templo consagrado a Buda que data do século XII e que contém maravilhosos baixo relevos.
Se tomarmos direção norte desde a capital, a poucos quilometros está a Mesquita de Nur ul-ihsan, fundada no século passado. Trata-se de um lugar sagrado utilizado agora pela comunidade cham e alguns grupos musulmanos. É necessário descalçar-se para entrar.
Os Campos da Morte de Choeung Ek são antigos campos de concentração. Estão a poucos quilometros da cidade e relatam os desastres sofridos pelo povo do Camboja.
Udong, fundada pelo Rei Soryopor em 1601, foi uma antiga capital do Camboja. No século passado construiram-se canais, pontes e terraços, por ordem do Rei Ang Duong para acrescentar a sua grandeza.
ANGKOR
Fundada no ano 889 com o nome de Yaso-dharapura, foi a capital de quase todos os reinados Jemer, que perdurou durante mais de mil anos. Está considerada como uma das mais esplendorosas civilizações da Ásia sul oriental. A última inscrição da cidade data de 1747, mas desconhece-se a data exata do abandono. A selva pegou na mística cidade e as raizes das árvores entraram pelos seus muros. No século passado toda a área de Angkor estava coberta pela selva.
Angkor é uma cidade vermelhiça, devido à pedra arenisca dos seus edifícios, que procede das canteiras de Pnom Kulen, a quatro quilometros da antiga capital. Naqueles tempos as pedras eram transportadas pelo rio. Depois eram lavradas pelos artesãos. Os templos construidos aqui constituem um dos universos sagrados mais impressionantes do mundo. Para visitá-los a maioria dos turistas alojam-se em Siem Reap, situada a beira do rio, que leva o seu nome, sendo escolhida como base para a visita aos monumentos da zona. Encontra-se a muitos poucos quilometros dos templos de Angkor e a 250 quilometros ao noroeste da capital.
TEMPLOS DE ANGKOR
O conjunto de templos da província de Siem Reap é grandioso, mas na realidade não é mais do que uma pequena parte da totalidade que encontra-se espalhada por todo o país. Angkor é um conjunto monumental de 9 quilometros de longitude e 8 de largura, nos quais repartem-se centenas de templos. Cada um com um tanque como sinal da cultura da água que criou-os. Para os jemeres o templo é o centro físico do universo, que extende-se ao redor dele, em uma confusão de corredores intrincados e portas carregadas de simbolismos.
Começaremos o percurso pelos templos em Angkor Thomou a Grande Cidade, que em tempos era a capital. Ali alçava-se em forma de pirâmide o Bayon, no centro como templo de Estado, e representação do meru, a montanha dos deuses e centro do universo. Foi construido por Jayavarmám VII. As torres do Bayão, 49 no total, estão decoradas com 171 cabeças de Buda, além dos baixo relevos alusivos às campanhas militares dos jemeres. Os seus exércitos tinham mais de 200.000 elefantes. As galerias e corredores do Bayão, acolhem também multidões de imágens de apsaras, as bailarinas celestiais que, segundo supõe-se, entreteniam os deuses.
Decoravam o cenário da cidade os Terraços Reais, adornados todos eles com figuras de animais. Destaca-se o Terraço dos Elefantes, a muralha de 12 quilometros de longitude, e cinco monumentais portas, tudo rodeado nessa altura, de grandes tanques. O rosto do rei Jayavarmám VII, vigia desde todas as portas do templo a cidadela que ordenou construir.
Angkor Wat é uma obra prima da arte jemer e um dos maiores templos do mundo. Data do século XII e está construido a base de três terraços, com forma de pirâmide, com um santuário central, galerias e uma torre ricamente decorada. A obra foi concebida por Suryavarmám II em homenagem a Vishnu e para ser utilizada como o seu túmulo. Cada uma das terraças está rodeada de intrincados labirintos. A torre central encontra-se na planta alta a 55 metros do solo.
Aprisonado pela selva Ta Prohm é um dos maiores templos de Angkor, cujas estruturas estavam adornadas ricamente e com uma rara sofisticação segundo está escrito. Embora a natureza tinha-se apoderado materialmente da estrutura, vale a pena uma visita para contemplar o que fora um dos maiores templos do império. O mosteiro de Ta Prohm é um dos mais conservados, e diz-se que acolhia durante a sua época de esplendor 39 santuários e alojava a 2.740 monges.
Os Monumentos de Roluos foram a capital para Indravarmám I, quem reinou no século IX. O estilo de alguns dos seus templos marca o começo da era Jemer. Muitas das inscrições que aparecem nas suas portas estão em sânscrito. O templo de Preah Ko está composto por seis torres de tijolo alinhadas em duas filas e decoradas com baixo relevos curiosos. Bakong está dedicado à divindade Shiva.
Outros templos interessantes são Preah Khan, Neak Pean, Pre Rup e Banteay Srei.
A COSTA SUL DO CAMBOJA
KAMPOT
É uma cidade cheia de encanto que encontra-se a cinco quilometros do mar a beira do rio Tuk Chhou. Nas suas colinas estão as Cascatas de To Chu.
BOKOR
É conhecida pela seu agradável clima e a sua formosa paisagem. Está situada na Cordilheira do Elefante e nos arredores encontram-se duas importantes cascatas de 14 e 18 metros de altitude.
KEP
Encontra-se assentada em plena beira do mar e foi um elegante lugar de férias para a elite francesa. Agora é uma cidade fantasma mas não deixa de ser um destino ideal para desfrutar da praia.
KIRIROM
Está na Cordilheira do Elefante a 675 metros sobre o nível do mar. É um bonito lugar cheio de bosques, ideal para as excursões.
SIANOUKVILLE OU KOMPONG SOM
É o único porto Cambojano, que dispõe também de magníficas praias. Nos últimos tempos têm-se convertido em um lugar excepcional para a prática do esporte submarino.
GASTRONOMIA
A base da cozinha Cambojana é o arroz, que junto com o peixe cobre as necessidades básicas da população. Os pratos se preparam misturando especiarias doces e salgados para criar sabores maravilhosos. O mais típico é o Prahoc, elaborado a base de uma pasta de cor rosado fermentada e salgada, com um sabor muito picante e que pode conservar-se todo o ano. O Tuk-trey é um ingrediente indispensável, trata-se de um molho, feito com óleo de peixe fermentado e temperado com muitas especiarias. Outros pratos típicos são o Machhra Troeungou sopa de carne e o Tea Tim, que é um guisado de pato.
Bebidas
A soda com limão, uma bebida muito popular, é conhecida como Soda Kroch chhmar. Deve evitar-se consumir água da torneira e beber somente água engarrafada.
COMPRAS
O artesanato Cambojano dispõe de uma variada mostra de objetos talhados em mármore perfeitamente lavrado; trabalhos de prata e ouro, avaliados pela fama que têm os Cambojanos, de excelentes ouríveres, desde o século VII; antigüidades (para os orientais objetos que têm mais de 20 anos); lacas e marfim embora há países que proibem a sua comercialização, entre eles Espanha. Máscaras e sedas de todos os tons e desenhos poderão ser encontrados também no Camboja.
POPULAÇÃO E COSTUMES
A população de Camboja passa dos seis milhões de habitantes e a maior parte está formada pelo grupo étnico dos jemeres de origem muito antiga e descendentes da velha civilização do país, procedente da Índia, que pertence ao grupo étnico-lingüístico mon-jemer (mon-Khemer). Esta civilização adaptou-se às primeiras culturas que povoaram a região, os mon e os cham. A relação dos jemeres com a água era muito especial. Templos e albergues formavam só uma unidade. O tamanho dos primeiros, dependia da extensão das segundas, que por sua vez delimitavam a superfície das terras cultiváveis.
Os jemeres praticaram durante séculos o culto ao Devarajaou deus-reis, que exigia obediência absoluta a troca de prosperidade. Uma das lendas mais curiosas desta comunidade é a do chamado "batido do mar de leite", segundo a qual o deus Vishnú converte-se em tartaruga e oferece a sua caparaça como base sobre a qual apoia-se uma montanha. Deuses e demônios enrroscam uma corda ao redor daquela e começam a esticar os seus extremos até bater no mar de leite que rodeia-a, assim sobe a maresia que trará a felicidade e a riqueza.
Com a chegada do budismo esta fé foi perdendo-se igualmente ao império. Uma invasão arrasou o reino durante o século XIV e durante um século depois foi desaparecendo. Hoje é visitada pelos turistas e os arqueólogos que vão após as pegadas do que foi.
Entre os grupos minoritários do Camboja destaca-se a comunidade chinesa, que tem conservado a sua cultura e costumes. Os jemeres islâmicos ou comunidade musulmana Cham, extendem-se ao longo de pequenas vilas ao redor do Mekong, perto da capital. Existem também diversos grupos etno-lingüísticos pertencentes a tribos de montanha assentados nas cordilheiras, como os saoch, os pear, os brao e os kuy.
A forma de vida mais comum é a rural. Os camponenses vivem em casas, que eles mesmos constroem sem janelas e a três metros do solo. Cada centro rural trabalha a terra em comum. A direção do grupo é desempenhada pelo homem mais velho, e os benefícios do campo partilham-se com base na velhice e no rendimento de cada um. A sociedade jemer é monogâmica. A mulher tem um papel relevante dentro da família.
Entre as costumes que devemos respeitar no Camboja é evitar tocar a cabeça das crianças. A cabeça pode estar em contato com a terra, porém consideram-se impuros os pés que tocam na terra. Há que descalçar-se ao entrarmos nos lugares sagrados.
ENTRETENIMENTO
A costa sul é o paraíso dos amantes do submarinismo. Está dotada de paisagens únicas de arrecifes, e habitada por milhões de peixes multicoloridos.
Vida noturna
Na capital encontram-se locais noturnos apropriados para tomar um copo como o Cyclo Bar no Hotel Sofitel, Karaoke Club com bom serviço e música, no Hotel Flutuante, no restaurante Chez Lipp ao ar livre, Le Bar e o Café No Problem, detrás do Museu Nacional, que dispõe de restaurante e bar com coquitéis exóticos.
FESTIVIDADES
O Festival da Água, nos finais de outubro ou princípios de novembro. 7 de janeiro (Dia da Libertação) e as festas budistas que variam, dependendo do calendário lunar.
TRANSPORTES
Avião
Desde o Vietnã pode-se aceder ao país, através de diversas companhias. Respeito a vôos nacionais, várias cidades do país estão ligadas entre si.
Barco
O Rio Mekongk é navegável e há numerosos transbordadores que comunicam o delta do rio com a capital Phnom Penh.
Trens
Apesar de ser considerado o trem, um meio de transporte mais conflitivo do que o ônibus, devido às sabotagens, há uma extensa linha férrea de mais de 600 quilometros ao longo do país.
Ônibus
Camboja dispõe de numerosas linhas de ônibus que percorrem o país embora estes costumam ir muito cheios. O serviço é lento.
Carro
Existem estradas construidas pelos franceses na época da colônia, algumas em boas condições ainda e outras algo deterioradas.